AMOR DE VERDADE.

Na ultima ceia, Jesus fala que será traído. João pergunta ao Senhor a quem ele se refere. Jesus diz que indicará o traidor através de um gesto de cortesia, o oferecimento de um pedaço de pão embebido no molho. O autor do 4º Evangelho diz que depois do pão, Satanás entrou em Judas, que deixou o ambiente fraterno da ceia. O evangelista fala que era noite. Noite em Jerusalém e noite no coração de Judas!

Mais adiante, quando Jesus diz: “Para onde vou vós não podeis ir”, Pedro reage falando: “Por que não posso seguir-te agora? Darei a minha vida por ti”. Ao que Jesus comenta: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade, te digo: o galo não cantará sem que me renegues três vezes.”

A traição de Judas e a negação de Pedro são moralmente diferentes, mas ambas são sinais da fraqueza humana.

Ambos são levados a seguir Jesus por entusiasmo afetivo e por isso não conseguem chegar ao mistério da fé, e entender o discurso de Jesus que quando fala de sua glorificação está falando de sua morte na cruz.

Mais tarde, quando acontecer a traição e a negação, seus autores só entenderão a profundidade de suas ações quando encontrarem o olhar de Jesus. Aí o afetivo terá levado à consciência da transcendência dos fatos e proposto a fé.

Peçamos ao Senhor que aprofunde, que amadureça nosso amor por ele e pela Igreja. Que saibamos amar verdadeiramente, sem arroubos e sem receios, mas que o amemos e aos nosso irmãos apaixonadamente, como ele nos amou!

O FILHO PRÓDIGO CONTEMPORANEO.

E já me passava despercebido que eu não mais acreditava em Deus como antes, também estava passando despercebida a realidade das coisas invisíveis. O Amor não estava sobre todas as coisas, então o nome de Deus não era tão importante.
E Jesus então? Estava passando despercebido a importância Dele em minha vida: Ele em minha vida, a Vida. Filho único de Deus, único Salvador meu, a única salvação, nascido no Pai antes de tudo. Deus humano, grande Homem Divino. O Caminho e a Verdade não estavam claro para mim, mas a Luz não passou despercebida. Ele tem algo de mim, Ele é consubstancial a Deus.
Olha! Já me passava despercebido tudo ao meu redor e que por Ele todas as coisas foram feitas: as flores, os pássaros, o encontro, a vida do alcoólatra sentado na praça que sequer ofereci um olhar... Estava me passando despercebido o valor que tem para mim a missa e a missa em si com seu incomparável valor. Sabe! Eu já não guardava os domingos e as festas de guarda. As festas de preceito não eram mais santas para mim. Eu Comungava ao menos pela Páscoa da Ressurreição, mas não comungava com o irmão. Jejuava e abstinha-me de carne conforme manda a Igreja, mas também me abstinha de atos de amor e permitia a intemperança.
E Maria então? Nela, que com seu SIM encarnou através do Espírito Santo a minha salvação, Ele que se fez homem. É... Já me passava despercebido que eu não honrava a Mãe e no mesmo espírito deixava de honrar o Pai.
Eu fui perdendo minha consideração por Aquele que foi crucificado padeceu e foi sepultado. Eu estava “matando em mim” o responsável pela minha ressurreição. Aquele corpo ensangüentado na cruz pelos meus pecados estava deixando de ser sagrado para mim, então fui perdendo o respeito pelas coisas sagradas e também pelo meu corpo. Não percebia que me ludibriava o falso testemunho, o desejo desmedido e a cobiça pelas coisas alheias.
Já me passava despercebido que o amor de Deus não estava agindo em mim, então não me sentia tão amado mais. Confessar, nem ao menos uma vez ao ano. A confissão perdeu espaço em mim, sem amor, eu nem me perdoava direito.
”A benção padre!” Quanto tempo não dizia isto, eu parei de desejar uma vida abençoada. E quanto ao sacerdócio então? Deixei-me enganar por situações isoladas, noticias negativas ou fofocas; acabei generalizando e perdi a admiração pelo meu pároco, eu perdi muito. Ele que é a figura do ressuscitado.
Acho que eu estava caminhando para o nada! Aliás, caminhando não, pois estava fora do Caminho. Já me passava despercebido que a vida em abundancia não existia, estava faltando Vida. Verdade então, eu estava me enganando. A fé? Quase acabara. Mas pergunto: pode se acabar aquilo que não se tem?
Já me passava despercebido que eu não acreditava tanto como antes Naquele que Ressuscitou no terceiro dia, subiu aos céus, e que há de vir ao meu encontro, em sua glória, para me oferecer o reino que não terá fim. O paraíso, Nele eternamente. Ele que continua me amando do mesmo jeito...foi eu que mudei. Meu espírito não comungara mais com seu Espírito e assim parei de adorar e glorificar a Trindade em minhas ações de coração.
Igreja! Ah Igreja. Você me passava despercebida. Como gosto de você. Lugar do encontro. Una, santa, católica e apostólica. Acredito no batismo. Espero a minha ressurreição e a dos meus entes queridos, e com anseio quero viver já o reino de Deus.
Como pude não perceber o quanto eu não era mais realizado! Eu percebi sim, que algo me faltava. Faltava-me a mim mesmo, faltava Deus...Já me passava despercebido que eu não enxergava mais, isto por que aporta estava fechada, e no meu molho de chaves nenhuma se encaixava. Foi quando pensei; ”não esta no meu molho de chaves a que eu preciso, eu vou abrir a porta porque quero abrir a porta, necessito abri-la”. Foi então que abrindo, lá dentro me encontrei. Encontrei o que tanto procurava. E busquei em tantos lugares, estava tudo tão perto. Ali sim tudo fez sentido, ali me realizei. Encontrei “A Chave” que abre todas as portas no caminho até e para vida eterna.

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SAO JOSE CAMPOS, SP, Brazil
Sou natural de Santana, São José dos Campos. Nasci no hospital Pio XII no dia 10 de julho de 1977. Estudei no Rui Dória o primeiro e o segundo grau e foi lá também que me formei técnico em contabilidade. Fiz mecânica geral no Senai Santos Dumom, tudo em Santana mesmo, deste bairro que eu tenho orgulho de ser. Também cursei teologia, teologia antropológica, teologia moral, historia da Igreja, historia da espiritualidade, sagrada escritura, Cristologia, historia da psicologia e psicologia das idades na escola teológica Maria Lucia de Oliveira.

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